terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ataque à pele



Verão chegando, praia, sol, piscina, calor, e a tentação de pegar uma “corzinha”.
Você sabe as consequências que o bronzeamento pode lhe causar?
 E como se proteger?



 Autores do Artigo : Michelle L. Costa e Roberto Ribeiro da Silva

        O efeito mais visível à exposição excessiva ao sol pode causar eritemas (vermelhidão na pele associada a queimaduras solares) e até mesmo, alguns tipos de câncer, efeitos que podem ser minimizados pelo o uso de loções que contenham substâncias que atuem como filtros solares.  

Porque pode causar esses danos?


O Beabá dos Raios Solares

O Sol emite uma ampla radiação eletromagnética e a maior parte dela é muito nociva para os seres vivos.  No entanto, grande parte dessas radiações são absorvidas pelas camadas superiores da atmosfera, porém algumas atingem a superfície da terra, sendo elas Ultravioleta, a visível, a infravermelho. Dentre estas a que está diretamente envolvida com o bronzeamento da pele é a do ultravioleta, a mais energética das três. A faixa ultravioleta é dividida em : UV-C, UV-B, UV-A:

·        UV-C: Mais energética, nociva aos tecidos vivos, pode matar organismos unicelulares e prejudicar a córnea dos olhos, fica retida na camada de ozônio.
·        UV-B: Provoca a vermelhidão associadas a queimaduras do sol, e causadores de alguns tipos de câncer de pele, atinge a superfície da terra em quantidades muito pequenas.
·        UV-A : Menos energética, também é capaz de acionar os mecanismos do bronzeamento, sendo chamado de algumas vezes de “raio bronzeador do sol”.

OBS: Embora o UV-B seja o principal responsável pelos efeitos nocivos à pele, alguns especialistas acreditam que o UV-A também contribua na produção de queimaduras.

A Pele

       A pele humana possui diversas camadas de tecido. A camada mais externa é conhecida como epiderme e a segunda camada é a derme. Ao longo da membrana que liga a epiderme à derme se encontram dois tipos de células especializadas que são de particular interesse dos banhistas. Uma é a célula basal. As células basais reproduzem células para a epiderme chamadas queratinócitos. Sendo que esses, ao longo de sua vida, se aproximam da superfície da pele, devido a reprodução de novos queratinócitos, tornando-se achatados e alongadas, desse modo a célula morre, ocorrendo a descamação da pele.

Injeção de Bronzeamento

       A outra célula que une a epiderme à derme é o melanócito, que ao ser atingido por raios UV-A e UV-B emitem uma resposta, produzindo um pigmento da pele chamado melanina, capaz de absorver radiação ultravioleta.
Existem dois estágios do bronzeamento:

·        1º é imediato, ocorre nos grânulos pálidos de melanina que estão próximos a superfície da pele, sendo transformados pela luz ultravioleta, em cor escura, normalmente em um prazo de uma hora, desaparecendo dentro de um dia.
·        2º é mais duradouro onde são produzidas melanina a partir da tirosina que é um aminoácido abundante na proteína da pele. Esse estágio de bronzeamento resiste por vários dias. Novos banhos de sol produzem mais melanina e realçam a cor.

       Entretanto, o efeito final da radiação ultravioleta é a danificação das proteínas que constituem o tecido elástico e conectivo da pele. Isso produz um irreversível envelhecimento da pele, que ser tornará enrugada, dura e macilenta.

Porque a pele fica avermelhada?
      A vermelhidão é resultado da ação direta dos fótons ultravioleta sobre pequenos vasos sanguíneos ou da liberação de compostos tóxicos de células epidérmicas danificadas. Essas danificações fazem com que a pele fique avermelhada, quente, inchada e dolorida.  Aumentando a circulação sanguinea nas áreas afetadas auxiliando no processo de recuperação.



Autodefesa

       A pele possui diversos mecanismos de autoproteção, sendo sua defesa mais simples o aumento da distância que a radiação deve percorrer antes de causar danos, a pele acelera a produção de queratinócitos, aumentando a taxa de descamação, até diversos dias após a queimadura. O dano causado pela exposição de UV pode começar ainda aos 20 anos e é cumulativo e irreversível. Para muitas pessoas o método mais prático de evitar esses efeitos é usar os protetores solares industrializados.


Sombra engarrafada

       Os agentes protetores solares (filtros solares) ajudam a bloquear a radiação UV antes que ela cause danos. Para serem eficazes, os protetores devem ser à prova de água, mas mesmo assim eles acabam sendo removidos. Além disso, deve ser observado que a água doce dissolve os protetores com mais eficácia que a água salgada. Os agentes de proteção solares mais conhecidos são componentes orgânicos sintéticos que bloqueiam seletivamente a radiação UV mais prejudicial. A preparação do protetor solar ideal deve ser esteticamente favorável, de modo que as pessoas que ficam muito tempo ao sol sintam-se bem, usando a proteção proporcionada por esses produtos químicos industrializados.


FPS: Fator de proteção solar

       A exposição ao sol causa uma vermelhidão perceptível após 24 horas, a exposição necessária para que ocorra esse efeito se chama dose eritemal mínima, que depende do tempo de exposição e da intensidade da radiação. Para amenizar esse efeito, surge o fator de proteção solar (FPS). Na produção dos FPS’s é analisado a quantidade de luz ultravioleta transmitida através da camada de protetor solar sobre a pele, por exemplo, um protetor de fator 2 permite a passagem de 50% de luz incidente, já o de fator 10 apenas 10%. O uso do protetor solar aumenta em oito vezes o tempo em que a pele começa a aparecer a vermelhidão.




   Câncer de Pele

       Ainda não se sabe realmente se a luz do sol é a causa do câncer de pele. Estudos comprovam que eventuais superexposições ao sol e queimaduras são mais significantes em causar a doença do que, a exposição contínua e o bronzeamento. O câncer de pele se inicia pela epiderme, camada externa da pele, onde o DNA dos núcleos é alterado, ocorrendo a divisão deles, o que acaba dando origem aos tumores. A formação desses tumores está relacionada à exposição ao raio X, queimaduras, doenças infecciosas ou o contato constante com substâncias tóxicas. Portanto, apesar de não ser a causa confirmada, a luz do sol contribui para a formação do câncer de pele, pois é responsável pela radiação ultravioleta e também pela ação de queimar a pele .


Para visualizar o artigo completo:  http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/quimsoc.pdf

2 comentários:

  1. Essas informações são de grande relevância pelo fato de muitas pessoas se exporem, muitas vezes sem conhecimento trazendo malefícios à elas. Pode-se citar como exemplo o câncer de pele.

    CARLOS EDUARDO CHESSI MELO SILVA - TURMA 12A

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  2. É um assunto bem falado, praticamente todos já ouviram mas poucos tomam os devidos cuidados. E não é por não saber o mal que faz a exposição excessiva ao sol.

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