sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Fotoexposição e fatores de risco para câncer da pele


Uma avaliação de hábitos e conhecimentos entre estudantes universitários



O culto ao corpo e a valorização estética do bronzeado, associados a mensagens veiculadas pela mídia, levam as vezes à exposição solar desprotegida e prolongada. Os jovens, constituem um grupo vulnerável à exposição solar inadequada, seja pela influência de fatores estéticos ou pela maior atividade física ao ar livre.
O melanoma (tumores cutâneos cancerosos), apesar de sua elevada letalidade, apresenta baixa incidência, mas tem-se observado um crescimento em populações de cor de pele branca.
          Existem alguns fatores de riscos que contribuem para as lesões de pele sendo eles fatores genéticos, história familiar de câncer da pele e radiação ultravioleta (UV). Como forma de prevenção de doenças cutâneas a utilização de fotoprotetores vem sendo recomendada.
         
          Buscando caracterizar hábitos de exposição solar entre universitários e avaliar o conhecimento dos mesmos quanto ao fator de risco genético e ambiental (radiação UV) para câncer de pele, realizou-se um estudo, onde 368 estudantes na faixa etária de 20 anos participaram. O estudo foi realizado no período de fevereiro à abril de 2007.


Como desenvolveu-se a pesquisa?

       A população do estudo foi composta por estudantes de pele clara com cabelos e olhos escuros, porém, a cor da pele é um dado muito subjetivo e controverso, deveria ser avaliado pelos pesquisadores.
         O conceito de pele bronzeada associada a saúde e beleza tende a diminuir cada vez mais. Praticamente, 90% dos universitários negaram o hábito de bronzear-se intencionalmente pela exposição solar. Contudo, apesar de um índice baixo (3,5%) de bronzeamento intencional, ainda se detectaram casos de usuários de camas de bronzeamento artificial, predominando, como em outros estudos, a população do sexo feminino.       Mesmo com todas as informações sobre  os efeitos maléficos da fotoexposição em horários de risco, observou-se que 175 universitários (50,7%) ainda optam por tomar banho de sol entre 10h e 16h, intervalo considerado de alto risco para efeitos lesivos do sol.        A exposição solar recreativa foi a mais prevalente entre os estudantes. Tanto a exposição ocupacional quanto a realizada por lazer não apresentaram diferença significante em relação ao sexo ou aos cursos de graduação.Observaram também, uma leve tendência de a exposição profissional ser maior entre os homens.
       
No Distrito Federal, há alta incidência de raios solares durante quase todo o ano, havendo, portanto, grande necessidade de fotoproteção. Mais de 80% dos entrevistados informaram usar fotoprotetor, mesmo que de modo irregular.
    
O uso regular de fotoprotetor nas atividades gerais e durante a prática de esportes ao ar livre entre os estudantes, como em outros trabalhos, ainda é limitado. Observou-se que as mulheres usam mais protetor solar no dia a dia do que os homens. Acredita-se que elas são mais vaidosas e preocupadas com a estética, evitando os efeitos nocivos do sol mais que os homens. Apesar disso, a região Centro-Oeste do Brasil, segundo estimativas para 2008, obteve a segunda maior incidência nacional de câncer da pele não melanoma, entre as mulheres.
    
Entre as recomendações para uma fotoexposição saudável, enfatiza-se o uso de filtro solar com fator de proteção (FPS) de pelo menos 15, que proporciona forte proteção contra o desenvolvimento de câncer da pele. Todavia, fator de proteção é apenas uma das medidas que devem ser constantemente estimuladas, tais como o emprego diário de filtro solar e outros meios físicos de proteção, aplicação de filtro solar 20 minutos antes da exposição e reaplicações a cada duas horas.
    
Dentre aqueles que já sofreram queimaduras solar com bolhas, 62,5% eram do sexo feminino.
        Como esperado, não houve relatos de câncer da pele entre os estudantes, uma vez que o grau de incidência é maior na população idosa.
       As neoplasias (tumor) da pele, como por exemplo o melanoma, podem ser consideradas enfermidades poligênicas multifatoriais. Estima-se que 14% dos pacientes que recebem o diagnóstico de melanoma apresentem história familiar positiva para essa neoplasia.


Abaixo Reportagem do Hoje em Dia, sobre as consequências e algumas dicas para quem gosta de tomar sol:  
                                   


Para visualização completa do artigo cientifico clique no link :
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962010000200007&nrm=iso&tlng=pt


terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ataque à pele



Verão chegando, praia, sol, piscina, calor, e a tentação de pegar uma “corzinha”.
Você sabe as consequências que o bronzeamento pode lhe causar?
 E como se proteger?



 Autores do Artigo : Michelle L. Costa e Roberto Ribeiro da Silva

        O efeito mais visível à exposição excessiva ao sol pode causar eritemas (vermelhidão na pele associada a queimaduras solares) e até mesmo, alguns tipos de câncer, efeitos que podem ser minimizados pelo o uso de loções que contenham substâncias que atuem como filtros solares.  

Porque pode causar esses danos?


O Beabá dos Raios Solares

O Sol emite uma ampla radiação eletromagnética e a maior parte dela é muito nociva para os seres vivos.  No entanto, grande parte dessas radiações são absorvidas pelas camadas superiores da atmosfera, porém algumas atingem a superfície da terra, sendo elas Ultravioleta, a visível, a infravermelho. Dentre estas a que está diretamente envolvida com o bronzeamento da pele é a do ultravioleta, a mais energética das três. A faixa ultravioleta é dividida em : UV-C, UV-B, UV-A:

·        UV-C: Mais energética, nociva aos tecidos vivos, pode matar organismos unicelulares e prejudicar a córnea dos olhos, fica retida na camada de ozônio.
·        UV-B: Provoca a vermelhidão associadas a queimaduras do sol, e causadores de alguns tipos de câncer de pele, atinge a superfície da terra em quantidades muito pequenas.
·        UV-A : Menos energética, também é capaz de acionar os mecanismos do bronzeamento, sendo chamado de algumas vezes de “raio bronzeador do sol”.

OBS: Embora o UV-B seja o principal responsável pelos efeitos nocivos à pele, alguns especialistas acreditam que o UV-A também contribua na produção de queimaduras.

A Pele

       A pele humana possui diversas camadas de tecido. A camada mais externa é conhecida como epiderme e a segunda camada é a derme. Ao longo da membrana que liga a epiderme à derme se encontram dois tipos de células especializadas que são de particular interesse dos banhistas. Uma é a célula basal. As células basais reproduzem células para a epiderme chamadas queratinócitos. Sendo que esses, ao longo de sua vida, se aproximam da superfície da pele, devido a reprodução de novos queratinócitos, tornando-se achatados e alongadas, desse modo a célula morre, ocorrendo a descamação da pele.

Injeção de Bronzeamento

       A outra célula que une a epiderme à derme é o melanócito, que ao ser atingido por raios UV-A e UV-B emitem uma resposta, produzindo um pigmento da pele chamado melanina, capaz de absorver radiação ultravioleta.
Existem dois estágios do bronzeamento:

·        1º é imediato, ocorre nos grânulos pálidos de melanina que estão próximos a superfície da pele, sendo transformados pela luz ultravioleta, em cor escura, normalmente em um prazo de uma hora, desaparecendo dentro de um dia.
·        2º é mais duradouro onde são produzidas melanina a partir da tirosina que é um aminoácido abundante na proteína da pele. Esse estágio de bronzeamento resiste por vários dias. Novos banhos de sol produzem mais melanina e realçam a cor.

       Entretanto, o efeito final da radiação ultravioleta é a danificação das proteínas que constituem o tecido elástico e conectivo da pele. Isso produz um irreversível envelhecimento da pele, que ser tornará enrugada, dura e macilenta.

Porque a pele fica avermelhada?
      A vermelhidão é resultado da ação direta dos fótons ultravioleta sobre pequenos vasos sanguíneos ou da liberação de compostos tóxicos de células epidérmicas danificadas. Essas danificações fazem com que a pele fique avermelhada, quente, inchada e dolorida.  Aumentando a circulação sanguinea nas áreas afetadas auxiliando no processo de recuperação.



Autodefesa

       A pele possui diversos mecanismos de autoproteção, sendo sua defesa mais simples o aumento da distância que a radiação deve percorrer antes de causar danos, a pele acelera a produção de queratinócitos, aumentando a taxa de descamação, até diversos dias após a queimadura. O dano causado pela exposição de UV pode começar ainda aos 20 anos e é cumulativo e irreversível. Para muitas pessoas o método mais prático de evitar esses efeitos é usar os protetores solares industrializados.


Sombra engarrafada

       Os agentes protetores solares (filtros solares) ajudam a bloquear a radiação UV antes que ela cause danos. Para serem eficazes, os protetores devem ser à prova de água, mas mesmo assim eles acabam sendo removidos. Além disso, deve ser observado que a água doce dissolve os protetores com mais eficácia que a água salgada. Os agentes de proteção solares mais conhecidos são componentes orgânicos sintéticos que bloqueiam seletivamente a radiação UV mais prejudicial. A preparação do protetor solar ideal deve ser esteticamente favorável, de modo que as pessoas que ficam muito tempo ao sol sintam-se bem, usando a proteção proporcionada por esses produtos químicos industrializados.


FPS: Fator de proteção solar

       A exposição ao sol causa uma vermelhidão perceptível após 24 horas, a exposição necessária para que ocorra esse efeito se chama dose eritemal mínima, que depende do tempo de exposição e da intensidade da radiação. Para amenizar esse efeito, surge o fator de proteção solar (FPS). Na produção dos FPS’s é analisado a quantidade de luz ultravioleta transmitida através da camada de protetor solar sobre a pele, por exemplo, um protetor de fator 2 permite a passagem de 50% de luz incidente, já o de fator 10 apenas 10%. O uso do protetor solar aumenta em oito vezes o tempo em que a pele começa a aparecer a vermelhidão.




   Câncer de Pele

       Ainda não se sabe realmente se a luz do sol é a causa do câncer de pele. Estudos comprovam que eventuais superexposições ao sol e queimaduras são mais significantes em causar a doença do que, a exposição contínua e o bronzeamento. O câncer de pele se inicia pela epiderme, camada externa da pele, onde o DNA dos núcleos é alterado, ocorrendo a divisão deles, o que acaba dando origem aos tumores. A formação desses tumores está relacionada à exposição ao raio X, queimaduras, doenças infecciosas ou o contato constante com substâncias tóxicas. Portanto, apesar de não ser a causa confirmada, a luz do sol contribui para a formação do câncer de pele, pois é responsável pela radiação ultravioleta e também pela ação de queimar a pele .


Para visualizar o artigo completo:  http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/quimsoc.pdf

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bronzeamento Artificial

       O bronzeamento artificial, procedimento muito utilizado pelos que querem manter um "eterno" bronze, deixa a pele com um aspecto bonito, mas pode trazer uma série de inconvenientes e problemas de saúde, entre eles o câncer de pele.

       As câmaras de bronzeamento artificial, agem com maior intensidade e em tempo mais curto. Em geral, emitem raios UVA de forma concentrada. Como o responsável pela queimadura é o UVB, as pessoas acabam achando que o bronzeamento artificial não oferece riscos. Porém, o UVA das cabines de bronzeamento possui intensidade bem superior ao dos raios solares (é por isso que a pessoa se bronzeia mais rápido nas cabines), e essa radiação, apesar de não causar queimadura, continua sendo prejudicial à pele, levando a envelhecimento precoce e surgimento de câncer de pele.


Posição da Anvisa em relação ao bronzeamento artificial:

       A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propõe novas regras para o uso do bronzeamento artificial:

• Proíbe o bronzeamento artificial para menores de 16 anos e por jovens com idade entre 16 e 18 anos que não apresentarem autorização do responsável legal.

• Impede a realização do tratamento em quem não fornecer ou apresentar avaliação médica indicando situação de risco. As Avaliações Médicas realizadas mais de 90 dias antes do início das sessões do cliente não serão aceitas.

• Desautoriza outra sessão de bronzeamento artificial em um intervalo inferior a 48 horas.

• Obriga as pessoas que pretendem se submeter ao bronzeamento artificial a assinar um termo, no qual irão declarar ter conhecimento do resultado da Avaliação Médica e dos riscos do uso da técnica.

• Os estabelecimentos que utilizam câmaras de bronzeamento devem informar a finalidade do uso da técnica, sem induzir ou estimular a utilização do bronzeamento.

• Caso defendam que a prática não precisa de avaliação médica, poderão ser processados por propaganda enganosa.

Para visualiaçao completa: http://www.conteudoglobal.com/beleza/bronzeamento_artificial/